segunda-feira, 18 de abril de 2011

Mágoa

Às vezes, quando a mágoa é enorme e sufoca, vegetamos em silêncio para que ela não nos coma. Fingimos que está tudo bem, rimo-nos de nós próprios perante os outros e até mesmo perante o outro que vive dentro de nós. Tornamo-nos espectadores da nossa dor. Afastamo-nos de nós, do que somos, daquilo em que acreditamos. No fundo estamos a desistir, como quem volta atrás porque tem medo do escuro, vencidos pela desilusão cansadas de esperar em casa que o mundo pare e se lembre de nós.
Mas o mundo nunca pára. Nada pára. A vida foge, os dias atropelam-se, é preciso continuar a vivê-los, mesmo com dor, mesmo com mágoa. Pelo menos a mágoa magoa, faz-nos sentir vivos.
Arde no peito e no orgulho, mas pouco a pouco vai matando a dor.
Torna-se a nossa companheira mais próxima, deixando de nos defender da tristeza que se vai consumindo como uma vela esquecida num presépio morto que uma corrente de ar ou um novo sopro de vida um dia apagará. Mas isso só é possível quando conseguirmos esquecer. 


Margarida Rebelo Pinto

sábado, 2 de abril de 2011

Tá certo!

Artigo destinado a pessoas que hoje estão irritadas mas que amanhã acordam "normais" !




Apetece-me escrever. (Facto único)

Hoje sinto-me irritada. Sinto-me irritada com qualquer pessoa que se atravesse no meu caminho. Enerva-me a maneira como as pessoas se usam umas às outras, enervam-me pessoas mesquinhas, enervam-me pessoas convencidas, enervam-me pessoas irracionais, enerva-me toda a gente! Estou aqui disponível para distribuir porrada aos interessados e os que não estão interessados neste meu estado de espírito, esses, eu compreendo, também não perdia o meu tempo com uma pessoa "tão irritada" :) Mas pronto amiguinhos, todos temos dias assim, talvez seja pela mudança de temperatura, talvez seja porque estou cansada, talvez seja porque simplesmente me apetece estar assim e me apetece irritar com tudo e com todos porque simplesmente me APETECE e me dá PRAZER

Cumprimentos e Obrigada!